sábado, 22 de dezembro de 2012

Mr. Nobody, by Jaco Van Dormael.

     Assisti a este filme hoje e refleti bastante sobre pequenas ações que mudaram a minha vida. O filme é bastante futurista e visual, de modo que a fotografia, os closes, os cortes, as cores e as demais técnicas de montagem, nos deixa vidrado na tela. Créditos a Jaco Van Dormael, cineasta belgo e pouco conhecido por aqui, pela direção e roteiro do filme. Eu nunca tinha ouvido falar de outro filme dele, e notei em sua filmografia que antes de Mr. Nobody, que é de 2009, seu ultimo longa metragem é de 1996.

   Bom, o filme em questão se trata de uma cadeia de possibilidades que Nemo (Mr. Nobody) poderia ter vivido, ou viveu, durante sua existência. A narração se dá a partir da entrevista que Nemo está dando a um jornalista, no ano de 2092, com 118 anos. Ele conta toda a sua história em diferentes circunstancias, misturando todos os caminhos que ele poderia ter seguido, todas as experiências e todas as decisões que ele poderia ter tomado. A narrativa segue o vai e vem da linha do tempo e o filme oscila entre passado e presente, entre uma escolha e outra.
   Nemo se depara com a separação de seus pais aos nove anos de idade, e tem que decidir com quem vai ficar. A partir dessa decisão surgem as várias possibilidades que ele viveu, tendo ficado com o pai ou com a mãe. Na adolescência, há a escolha do amor, e temos então as possíveis histórias de três mulheres. Duas delas ele teria conhecido ficando com o pai, e a terceira, ficando com a mãe. O foco fica mais em duas, as mais intensas. Uma é a filha do seu padrasto, o mesmo homem com quem sua mãe havia traído seu pai, e a outra ele se apaixona num baile, e é com quem ele se casa e tem três filhos. Esta segunda, após o casamento, desenvolve transtornos bipolares e Nemo se vê numa vida bastante difícil, tendo que lidar com uma esposa que raramente sai do quarto e que nos seus altos e baixos o rejeito e rejeita aos próprios filhos. Porém, e se seus pais nunca tivessem se separado? Quem Nemo conheceria e se apaixonaria?
   O jornalista que esta entrevistando Nemo, assim como nós telespectadores, fica bastante confuso sobre qual foi, afinal, o verdadeiro caminho que ele escolheu e viveu, e ao perguntá-lo, Nemo responde: “...Every path is the right path. Everything could have been everything else and it will have just as much meaning”. Outra frase que chamou minha atenção durante o filme foi, também em uma fala de Nemo: “We cannot go back. That's why it's hard to choose. You have to make the right choice. As long as you don't choose, everything remains possible”. A reflexão que fica ao final do filme é a de que não adianta querer achar um caminho certo, qualquer caminho que você escolher haverá situações e pessoas esperando por você. Vale a pena assistir e viver intensamente, se você já não o faz.

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